(The Princess Diaries, by Fabian Perez)
querido você.
para mim não há ninguém como você. tão deliciosamente afetuoso, fumegante e aquecido, tal qual chaleira de casa de avó. é sempre pra você que eu começo e termino um ou outro poema.
escrevo cartas que não mando [mas aviso que fiz]. encontro flores exóticas que sempre se parecerão com nossa viagem ao leste europeu.
pra você eu me derreto. viro floco de neve pertinho de forno à lenha. cochicho com o vento, me espalho por outras encostas, recordando assim, um ou outro dorso especialíssimo. pra você eu viro chocolate com calda. sou toda bombom e recheio as bordas de nossas tortas vidas com as minhas - com as tuas - guloseimas preferidas. eu sou eu e você é um. e o amor, quando esbarra na gente, é como todo caldo forte. e à parte, tudo nele é nosso. ligeiramente adornado para parecer manso. vivemos cheios das poses dessa gente de corpos exaustos, desejando-nos mais e mais. e se a tão falada farra sobre “incompreensão ou contenção do universo” virar tema de redação, matéria pra vestibular, a gente passa. passa a perna sem malandragem na mentira, na falta de habilidades de uns sem outros, na plasticidade falsa que percebemos na célebre frase “apenas um belo corpo”.
e entre outras tantas descobertas, seremos lembrados assim: eles nunca se cansaram um do outro.
beijo.
[e de qualquer forma, não me espere pra o jantar]
escrevo cartas que não mando [mas aviso que fiz]. encontro flores exóticas que sempre se parecerão com nossa viagem ao leste europeu.
pra você eu me derreto. viro floco de neve pertinho de forno à lenha. cochicho com o vento, me espalho por outras encostas, recordando assim, um ou outro dorso especialíssimo. pra você eu viro chocolate com calda. sou toda bombom e recheio as bordas de nossas tortas vidas com as minhas - com as tuas - guloseimas preferidas. eu sou eu e você é um. e o amor, quando esbarra na gente, é como todo caldo forte. e à parte, tudo nele é nosso. ligeiramente adornado para parecer manso. vivemos cheios das poses dessa gente de corpos exaustos, desejando-nos mais e mais. e se a tão falada farra sobre “incompreensão ou contenção do universo” virar tema de redação, matéria pra vestibular, a gente passa. passa a perna sem malandragem na mentira, na falta de habilidades de uns sem outros, na plasticidade falsa que percebemos na célebre frase “apenas um belo corpo”.
e entre outras tantas descobertas, seremos lembrados assim: eles nunca se cansaram um do outro.
beijo.
[e de qualquer forma, não me espere pra o jantar]
*publicado originalmente no naselva, Julho-2007*
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